10 alimentos bons para a nossa saúde mental


Todo tipo de alimento já foi associado a algum benefício. Há várias dietas para prevenir milhares de condições – ou então para melhorar algum atributo – por exemplo, há quem coma peixe para ficar mais inteligente, por causa do ômega-3.
Embora não exista tratamento atual que comprovadamente cure a doença de Alzheimer ou a demência, estudos dizem que existem alimentos que desempenham um papel positivo na saúde mental em geral. Quer experimentar uma dieta para um cérebro saudável? Confira a lista abaixo.

Todo mundo sabe que quanto mais velho ficamos, mais difícil fica aprendermos coisas novas. E por quê? Para processar novas informações, as células do nosso cérebro precisam “conversar” umas com as outras. Quanto mais velhas elas ficam, mais inflamam e mais difícil fica para elas se comunicarem. A solução? As maravilhosas amoras possuem potentes antioxidantes conhecidos como polifenóis que diminuem essa inflamação e incentivam a comunicação entre os neurônios, melhorando a nossa capacidade de absorver novas informações.


Alguns pesquisadores acreditam que a cafeína e os antioxidantes do café são protetores. Um estudo finlandês com mais de 1.400 consumidores de café revelou que as pessoas que bebiam entre três e cinco xícaras de café por dia (com idade entre 40 e 50 anos) tinham 65% menos chance de desenvolver mal de Alzheimer em comparação com os que tomam menos de duas xícaras por dia. Vamos fazer um cafezinho?

As maçãs são a fonte principal de quercetina, um químico de plantas antioxidantes que mantém os fluidos mentais protegendo as células do cérebro. A quercetina também defende as células do cérebro de atentados de radicais livres que podem danificar o revestimento exterior dos neurônios e, eventualmente, levar ao declínio cognitivo. Se quiser aproveitar bem, coma as maçãs com casca, local onde se encontra a maioria da quercetina.

Em 2009, um estudo descobriu que comer pouco menos de 10 gramas de chocolate por dia ajuda a proteger contra perda de memória relacionada à idade. O crédito vai para os polifenóis do cacau, que aumentam o fluxo sanguíneo para o cérebro.

Um dos sintomas do mal de Alzheimer são as placas beta-amilóides, bem como o “emaranhado” no cérebro causado por proteínas que podem matar células do cérebro. Agora, pesquisas recentes da Universidade da Califórnia revelam que dois compostos da canela – proantocianidinas e cinamaldeído – podem inativar estas proteínas. A pesquisa ainda está no começo, mas se não ajudar, uma pitada de canela também não vai fazer mal nenhum a ninguém.

As folhas verdes do espinafre possuem nutrientes como folato, vitamina E e vitamina K, que impedem a demência. Um estudo de 2006 revelou que comer três porções de folhas verdes, vegetais amarelos e/ou crucíferos por dia pode atrasar o declínio cognitivo em 40%. Desses três itens, as folhas verdes são as que mais protegem. Tente regar seu espinafre com um pouco de azeite. Sua gorduras saudáveis aumentam a absorção das vitaminas lipossolúveis E e K.


Já ouviu falar em ADDLs? Elas são proteínas induzidas pela doença de Alzheimer que são tóxicas para o cérebro. Nos estágios iniciais da doença, elas “grudam” nas células do cérebro, tornando-as incapazes de se comunicarem umas com as outras e, eventualmente, levando à perda de memória. O azeite extra virgem pode ser um inimigo potente contra ADDLs, pois é rico em oleocanthal, um composto que desativa as perigosas proteínas.


O salmão é uma grande fonte de DHA, uma gordura ômega-3 predominante no cérebro, que os pesquisadores acreditam que protege contra a doença de Alzheimer. É também a fonte número um na natureza para obter vitamina D, um nutriente que protege contra o declínio cognitivo. Um estudo de 2010 revelou que os idosos que têm deficiência de vitamina D são 40% mais propensos a sofrer de perda de memória relacionada à idade. Melhor comer um salmão, não?

A cúrcuma, uma prima do gengibre, é uma das principais especiarias do caril (ou curry). A cúrcuma é especialmente rica em curcumina, um composto que inibe a doença de Alzheimer. Ele não só bloqueia a formação de placas de amilóide beta, como também impede a inflamação dos neurônios e reduz o colesterol que entope as artérias (o que poderia reduzir o fluxo sanguíneo para o cérebro).
Os mesmos polifenóis saudáveis para o coração no vinho tinto e no suco de uva, especialmente na variedade feita a partir de uvas vermelhas e roxas do tipo concórdia, podem também proteger seu cérebro. Pesquisadores descobriram que idosos com declínio de memória que beberam suco de uva diariamente melhoraram significativamente sua memória espacial e sua habilidade de aprendizagem verbal. Os pesquisadores acreditam que, como as amoras, os polifenóis do suco de uva melhoram a comunicação entre as células cerebrais.


Cereais integrais diminuem os pneuzinhos


Se você quer perder a gordurinha localizada no abdômen e nenhum abdominal do mundo consegue ajudá-lo, um novo estudo pode ter uma solução. Segundo a pesquisa, comer grãos integrais ao invés de grãos refinados pode ajudar a queimar esses pneuzinhos.
Para efeito de comparação, uma fatia de pão integral ou meia xícara de farinha de aveia constitui uma porção de cereais integrais, e uma fatia de pão branco ou meia xícara de arroz branco representa uma porção de cereais refinados.
O estudo envolveu 2.834 homens e mulheres, entre 32 e 83 anos. Os participantes preencheram um questionário sobre sua dieta e foram submetidos a exames para determinar suas distribuições de gordura. Os pesquisadores mediram a quantidade de gordura em torno da barriga, chamada de gordura visceral, e a gordura encontrada em outras partes do corpo sob a pele, conhecida como gordura subcutânea.
A gordura visceral é considerada pior do que a gordura subcutânea. Pesquisas anteriores relacionaram a gordura da barriga com o desenvolvimento da síndrome metabólica, um conjunto de sintomas que incluem hipertensão, níveis de mau colesterol e resistência à insulina, e que podem evoluir para doença cardiovascular ou diabetes tipo 2.
As conclusões da pesquisa indicam que adultos que comem três ou mais porções de grãos integrais por dia, e limitam a ingestão de cereais refinados a menos de uma dose por dia, têm 10% menos gordura na barriga do que aqueles que não seguem esta dieta.
Os resultados se mantiveram iguais mesmo após os pesquisadores considerarem outros fatores que poderiam influenciar a conclusão, tais como tabagismo, ingestão de álcool, ingestão de frutas e vegetais, percentual de calorias provenientes de gordura e atividade física.
No entanto, comer bastante grãos integrais não surte os mesmos benefícios em pessoas que também consumem uma grande quantidade de grãos refinados. Aqueles que consumiam mais de quatro porções de grãos refinados por dia não apresentaram melhora em seus volumes de gordura visceral, mesmo que também consumissem cereais integrais.
O que o estudo mostra é que é importante fazer substituições na dieta, ao invés de simplesmente adicionar alimentos de grãos integrais. Por exemplo, escolher cozinhar arroz integral ao invés de branco, ou fazer um sanduíche com pão integral, em vez de pão branco.
Ainda assim, os pesquisadores alertam que esse é o único estudo que mostra a associação dos cereais integrais com o emagrecimento, e que pesquisas futuras mais diversificadas e abrangentes são necessárias para confirmar as descobertas.

Café pode afastar de idosas o risco de gota

Quando a mulher vai dando adeus à meia-idade e começam a vir transformações com a menopausa, entra em cena o risco de uma doença que afeta homens e mulheres, sem distinção: a gota. As articulações inflamam, ficam inchadas e causam dor intensa, e aquele que contrai os sintomas se desespera em busca de medicamentos e de varrer uma série de alimentos das refeições rotineiras. Mas uma recente pesquisa da Universidade de Boston (Massachussets, EUA) sugere que pequenas doses de café ao longo do dia podem diminuir substancialmente esse risco.
Caracterizado por um acúmulo no sangue de ácido úrico que forma cristais em forma de agulha, a gota é rara em mulheres mais jovens, mas acomete cerca de uma em cada 20 mulheres depois da menopausa. A relação entre o café e o ácido úrico (responsável pelas inflamações da gota) levou os cientistas a fazer testes, de eficiência já comprovada, entre homens. Mas com mulheres é uma novidade.
Os pesquisadores analisaram os casos de gota em 89.433 mulheres registradas em um programa de acompanhamento médico, iniciado em 1976. Paralelamente, compararam os estilos de vida, dieta e hábitos de consumo de bebida das mulheres em questão.
O levantamento foi atrelado a outros fatores que representam risco de gota, tais como a massa de gordura corporal, consumo de álcool, uso de diuréticos e ingestão de leite. No resultado, descobriram que uma vida inteira bebendo café diminui significativamente as chances de haver um primeiro ataque de gota. A relação, segundo os pesquisadores, é direta: quanto mais café consumido, menor o risco da doença.
O risco de gota, de acordo com a pesquisa prática, foi 22% mais baixo com a ingestão de uma a três xícaras por dia e 57% menor com mais de quatro xícaras diárias. Também se testou se haveria o mesmo efeito com chá cafeinado ou refrigerante, mas sem sucesso